O ceratocone provoca a projeção da córnea para frente, formando uma saliência. A doença está entre os problemas de visão com evolução lenta e não inflamatórios. Segundo a Dra. Priscila Carvalho de Oliveira Zobaran, oftalmologista (CRM-SP 182580), é uma doença multifatorial, que pode ter origem hereditária ou até mesmo advinda do ato de coçar.
“O hábito de coçar os olhos faz com que a estrutura de conexão do colágeno rompa-se. Isso leva a uma ectasia, uma protusão da córnea, formando um cone”, afirma Dra. Priscila. Assim como em outros problemas de visão, o diagnóstico é feito por um médico especializado em áreas de oftalmologia.
Quais são os sintomas do ceratocone?
A principal característica é a redução da espessura da córnea na região do ceratocone, deslocando-a para frente, o que faz com que ela adquira um formato de cone. As alterações na curvatura e transparência da córnea provocam o comprometimento da visão.
Por isso, após sentir os primeiros sintomas, é imprescindível uma consulta em uma clínica de oftalmologia. Só assim o paciente receberá o tratamento e o diagnóstico corretos.
Os indícios podem variar de acordo com a fase em que a doença está. O principal é o desenvolvimento de elevados graus de astigmatismo irregular e miopia, deixando a visão “borrada” e distorcida. Outros são: sensibilidade à luz, visão dupla e comprometimento da visão noturna. Eles costumam manifestar-se entre 10 e 25 anos e progredir até os 40 anos, quando a doença costuma estabilizar. A enfermidade pode atingir mais um olho do que o outro.
Além disso, a doença pode causar outros problemas de visão graves como a hidropisia, que é perda aguda da visão, por conta do escape do líquido que flui para dentro da córnea. Procurar um especialista em oftalmologia após as primeiras indicações é essencial para evitar a progressão da doença e preservar a qualidade da visão.
Qual o tratamento para ceratocone?
Uma pergunta frequente é: “Ceratocone tem cura?”. A resposta é não! Mas há tratamento. De acordo com a médica não existe cura para o ceratocone, mas sim um tratamento de suporte dependendo do grau de evolução da doença.
Quanto antes um médico especialista em oftalmologia for consultado, melhor é a resposta ao tratamento. Ainda segundo a Zobaran, é fundamental parar de coçar os olhos: “A coceira ocular tem que ser controlada, porque ela é a principal causa de progressão e piora da evolução dos casos de ceratocone”.
Nas fases iniciais da doença, o uso de óculos é suficiente. Conforme evolução, eles têm que ser substituídos por lentes de contato, que ajustam a superfície anterior da córnea e ajudam a corrigir o astigmatismo. O Crosslinkin é um tratamento mais recente, que fortalece as moléculas de colágeno da córnea para impedir que ela continue se curvando. No procedimento, é usada uma anestesia local e não é preciso internação hospitalar. É aplicado também um colírio de vitamina B2 (riboflavina) e depois um feixe de luz ultravioleta.
Quando os óculos e as lentes de contato não são mais suficiente, o tratamento alternativo são os anéis intraestromais, que regularizam a curvatura da córnea. Em último caso, um transplante de córnea pode ser realizado.
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