Cirurgia refrativa: Como funciona e para que serve?

A cirurgia refrativa é um processo cirúrgico comum na oftalmologia, que visa corrigir problemas de visão associados aos erros refrativos (miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia). Na visão normal (sem erros refrativos), os objetos são vistos de forma nítida, pois os raios luminosos atingem a retina em um mesmo ponto. Já em pacientes com algum erro refracional, os raios luminosos chegam antes ou depois da retina, tornando a visão embaçada. 

A primeira opção para corrigir os erros refracionais é o uso dos óculos. Entretanto, os óculos podem ser incovenientes para algumas pessoas no momento das atividades físicas, no dia a dia, pelo peso deles no rosto ou mesmo por questões estéticas. Para as pessoas que não gostam de usar óculos, existe a opção das lentes de contato, ou de forma mais definitiva, a correção pela cirurgia refrativa. 

É necessário comentar que as lentes de contato podem não ser toleradas em alguns pacientes e podem trazer riscos à saúde dos olhos (como infecções ou até machucados graves de córnea) se não usadas adequadamente, afinal de contas elas são um corpo estranho nos olhos.

Segundo a Dra. Priscila Carvalho de Oliveira Zobaran (CRM-SP 182580), oftalmologista na clínica Oftovision, localizada na zona sul de São Paulo, “hoje, mais que nunca, pacientes que antes eram contraindicados a uma cirurgia refrativa, com as tecnologias e avanços no tratamento, agora podem se submeter à cirurgia com mais tranquilidade e com resultados satisfatórios”.

Para quem a cirurgia refrativa é indicada?

Apesar de o processo cirúrgico visar diminuir a dependência do uso de lentes e óculos por meio da correção dos erros refracionais, não são todos os pacientes que podem ser submetidos à cirurgia refrativa. “Não costumamos fazer cirurgia em graus menores de 1 dioptria. Mas graus acima disso podem ter ótima indicação”, explica a oftalmologista Mariana Lima Coelho (CRM-SP 162596).  Assim, é válido destacar que cada caso deve ser analisado individualmente pelo especialista. Após os exames, decide-se se o paciente está apto ou não para a cirurgia refrativa. 

“Muitas pessoas acreditam que se não tiverem graus maiores que 5 dioptrias não podem operar. Isso é mito! Pelo contrário, para graus mais baixos a cirurgia pode ser inclusive mais segura. A quantidade de tecido da córnea que precisa ser consumido pelo laser para a correção é diretamente relacionada com a quantidade de grau que o paciente possui. Quanto maior o grau, maior a quantidade de córnea que precisa ser moldada, por isso, em graus maiores de 10 dioptrias por exemplo, temos maior dificuldade para indicar, a não ser que a córnea desse paciente seja espessa (grossa) o suficiente para cirurgia” destaca a Dra. Mariana, que cuida da área de cirurgia refrativa na clínica Oftovision.

“O mito de que graus menores não podem ser corrigidos pela cirurgia refrativa advém de uma regra que os convênios devem seguir, que os obriga a cobrir o procedimento apenas quando a miopia é maior do que 5 dioptrias. Mas vale lembrar que para correção da hipermetropia, os convênios costumam cobrir qualquer quantidade de grau”, completa a oftalmologista. 

Afinal, quem não pode ser um candidato à cirurgia refrativa? Veja abaixo a lista das contraindicações:

Contraindicações

  • Menores de 21 anos;
  • Gestantes;
  • Pacientes com catarata, glaucoma descontrolado, síndrome do olho seco grave, cicatrizes na córnea e graus extremos.

Como é feita a cirurgia refrativa?

O modo como a cirurgia será realizada depende da técnica escolhida. Existem diversos métodos, mas os mais conhecidos e utilizados são o PRK e o Lasik. Ambos apresentam resultados semelhantes, porém a recuperação e os sintomas no período pós-operatório podem ser diferentes.

Lasik

O primeiro passo da cirurgia refrativa no método Lasik é a utilização de uma anestesia tópica (colírio anestésico) que é colocada no olho do paciente. Após isso, corta-se uma pequena fatia (flap) da camada superficial da córnea, no formato de uma tampa de ‘laranja’. O flap pode ser realizado com microcerátomo ou com um aparelho mais moderno e seguro denominado femtosegundo. 

Com a camada intermediária da córnea exposta, o laser é direcionado para remover tecidos, moldando o formato da córnea do paciente, afim de corrigir os defeitos visuais. Por fim, o flap que foi levantado é recolocado na sua posição original. Após o término da cirurgia, o paciente vai pra casa usando lentes de contato que funcionam como curativo até o dia seguinte, quando as mesmas são retiradas. O procedimento dura entre 5 a 10 minutos em cada olho. O paciente não precisa estar em jejum para ser submetido à cirurgia, tampouco é necessária a internação. 

PRK

A técnica PRK também inicia-se com utilização de colírio anestésico tópico. É realizada uma ‘raspagem’ da camada mais externa da córnea (o epitélio), e logo em seguida o laser é realizado (semelhante ao Lasik), a fim de corrigir o erro refrativo do paciente. O PRK é uma técnica mais superficial que o Lasik, pois poupa o corte da camada intermediária da córnea, por esse motivo, pode ser mais segura em alguns casos. Por fim, são colocadas as lentes de contato para ajudar na cicatrização da cirurgia, mas diferente da técnica anterior, elas permanecem nos olhos por pelo menos 7 dias. Assim como o Lasik, o PRK é realizado em 5 a 10 minutos, não é necessário jejum pré-operatório e nem internação.

O pós-operatório

As diferenças das técnicas levam a sintomas de pós-operatório também diferentes, os quais descreveremos a seguir.

O pós-operatório do Lasik

O flap do Lasik é reposicionado ao final e funciona como um excelente curativo, sem deixar muito tecido da córnea exposto. Por esse motivo, o pós-operatório nessa técnica costuma ser bem mais conveniente. Geralmente, após 2 dias o paciente é liberado para retorno das suas atividades normais, mas isso pode variar em cada caso. Sintomas como sensação de areia nos olhos, lacrimejamento, fotofobia (desconforto com a luz) ou até mesmo um pouco de dor podem ocorrer após cirurgias sem nenhuma intercorrência. 

As orientações pós-operatórias são de não dormir de lado nos primeiros dias, não entrar em piscinas ou no mar no primeiro mês, além de utilização rigorosa dos colírios prescritos. Por fim, durante todo o processo de recuperação é necessário o acompanhamento pelo cirurgião por meio de visitas no primeiro dia após a cirurgira, após a primeira semana, após o primeiro mês, após os três primeiros meses e após 6 meses do procedimento, a partir deste, costuma ser anualmente.

O pós-operatório do PRK

O PRK é uma técnica em que o epitélio (camada mais superficial da córnea) é retirado, sendo necessário aguardar a sua total recuperação que costuma demorar em média 7 dias. Durante essa primeira semana, o paciente pode apresentar um maior desconforto em relação ao Lasik. Os sintomas mais frequentes são também sensação de areia nos olhos, desconforto com a luz (sendo orientado optar por ambientes com baixa iluminação nos primeiros dias) e alguma dor (que é contida facilmente com uso de analgésicos prescritos). A recuperação visual é também mas lenta, costuma estar satisfatória já no primeiro mês, mas o resultado final pode demorar em torno de 3-6 meses. Após 6 meses, o resultado em relação ao grau é o mesmo que na técnica do Lasik. 

Os cuidados no pós-operatório também são similares: evitar realizar atividades físicas no período após a cirurgia, usar as medicações corretamente, evitar piscinas e o mar, além de evitar coçar os olhos. Assim como no pós-operatório da outra técnica, é necessário o acompanhamento de um oftalmologista com a mesma frequência descrita acima. 

Mas afinal, porque optamos pelo PRK em alguns pacientes? Por ser uma cirurgia mais superficial, o PRK é, por vezes, a opção mais segura e trás resultados tão bons quanto no Lasik. 

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Pacientes satisfeitos

“O atendimento foi excelente, tudo muito bem organizado, só tenho a agradecer pelo carinho e dedicação, parabéns a todos da clínica pelo trabalho humanizado e principalmente a Dra. Priscila, muito obrigada pela atenção que nos foi dada”
Sarah
“Excelência em atendimento! Atenciosos desde a recepção até o final da consulta, a equipe Oftovision oferece serviço impecável somado à um ambiente extremamente limpo e agradável. Parabéns Oftovision.”
Luiz Felipe
“Estou muito grata pelo atendimento prestado por todos que fazem parte da Oftovision. Dra. Priscila fez um excelente atendimento esclarecendo todas minhas queixas e conseguindo resolver meu problema. Muito obrigada.”
Juliana

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